O Cantinho da Dalinha é também o canto do cordel. O picadeiro onde costumo entoar o meu canto em versos propagando a poesia popular. É o Canto de uma cearense que adora suas raízes, canto da mulher destemida que saiu das entranhas nordestinas e abriu uma janela para cantar sua aldeia para o mundo, Interagir com outros poetas cordelistas desfrutando deste mundo virtual. Sou Maria de Lourdes Aragão Catunda, a poeta de Ipueiras e do cordel, sou a Dalinha Catunda. dalinhaac@gmail.com
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domingo, 25 de novembro de 2007
Dalinha Entrevista Jean Kleber Mattos
Jean Kleber Mattos é agrônomo, professor universitário, nascido em Fortaleza-Ce e criado em Ipueiras-Ce dos dois aos oito anos de Idade. Filho de Sebastião Mattos Sobrinho.
Atualmente residindo em Brasília Distrito Federal.
1-Quem é Jean Kleber?
Cearense, viveu a primeira infância em Ipueiras. Foi aluno do Educandário N.S. da Conceição nos anos 50. Agrônomo, formou-se em Recife, fez doutorado em Brasília e hoje é professor da UnB.
2-O que Ipueiras representa para você?
Mesmo não sendo lá nascido, Ipueiras representa a origem, a primeira infância. O útero cultural.
3-Como foi voltar a Ipueiras depois de tanto tempo?
Estonteante. Bateu forte. Hoje a leitura que faço é mais profunda.
4-O que você só encontra em Ipueiras?
Difícil responder. O cenário dos dias felizes de minha infância. As casas que ainda restam daquele tempo.A paisagem única. Aquela serra ao longe me emociona. O Cristo do Morro me encanta. A feira... tanta coisa
5-Você viveu apenas parte da infância em Ipueiras, no entanto, relata “causos” e histórias, ricas em detalhes, passadas naquela cidade. Que mágica é essa?
Algumas me marcaram muito. Criança atenta. Outras, meu pai me contou.
6-Como sua família acolheu essa viagem a Ipueiras?
Adorou. Incorporou minha emoção. Minha família é inacreditável.
7-Foi realmente a viagem dos sonhos?
Sim. Foi a viagem dos meus sonhos.
8-O que você acha que tem cheiro de Ipueiras?
O bamburral (Hyptis suaveolens)
9-Que sabor provado naquela terra você jamais esqueceu?
O sabor da “palma” (aquela gominha no canto da boca) e o tijolo de mamão (aquela “cocadona”. Não esquecendo da batida e do alfenim e do pé-de-moleque (manzape).
10- Você abraçou a carreira Certa?
Sim . Com certeza.
11-Conviver com a natureza é ficar mais perto do céu?
Sim. Sem dúvida. Se eu fosse aviador (minha primeira vocação, creio), sentir-me-ia mais perto. No entanto, lidar com a natureza e como voltar ao útero.
12- Se você fosse uma planta, que planta seria?
Uma jaboticabeira. Produz muitos frutos negros, belos, brilhantes...
13-O que eu não lhe perguntei e você gostaria de falar?
Que ainda não decifrei o enigma que existe envolvendo-me com Ipueiras.
14-Que mensagem você gostaria de deixar para as gentes de nossa terra?
Unam-se. Cooperem uns com os outros para o sucesso dos projetos em favor de Ipueiras. Sobretudo deslumbrem-se com a comunidade.
15-Obrigada pela atenção e até uma próxima oportunidade.
Foi um prazer, querida.
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3 comentários:
Linda iniciativa Dalinha, assim mesmo longe podemos saber o que pensam os que fazem Ipueiras brilhar estando mesmo longe.
Dalinha, adorei esta idéia das entrevistas e iniciar com o Jean Kleber, foi tudo de bom. Jean, vc só não nasceu em Ipueiras e embora vivendo lá só até os seus 8 anos criou raizes tão forte que é dificil para nós não vermos vc como um conterrâneo e dos bons.
Forte abraço e até breve
Dalinha,
Parabéns pela escolha do entrevistado e pelas maduras questões lançadas ao entrevistado. Jean Kleber, para mim, é o cientista completo ("complexo", melhor diria, a irmanar os saberes diversos, do verbal ao transcendente) e "ícone" - como seus pais - ao poder de agregar contrários em função da construção de nossos sonhos.
Abraços,
Marcondes Rosa
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