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domingo, 16 de dezembro de 2007

Carta ao Papai Noel


Foto:http://www.saberweb.com.br/datas_comemorativas/images/papai%20noel.jpg

Carta ao Papai Noel

Era uma vez uma menina chamada Maria, que, apesar dos tempos modernos e do turbilhão de informações, ainda acreditava em Papai Noel. E foi pensando assim que ela resolveu escrever uma carta ao tal velhinho.

Querido Papai Noel,

Eu sei que o senhor é bonzinho e vive agradando as crianças. Meu pedido é um pouco confuso, mas sei que, para um Papai Noel, nada é difícil.
Adorei um pião que meu irmão ganhou em seu aniversário. Passo horas vendo ele girar.

Quero que o senhor me traga, nesse Natal, um presente bem colorido, com muitas listas, que gire que nem o pião do meu irmão, mas tem que ser um brinquedo de menina.

Conto com o senhor meu bom velhinho.

Um abraço da Maria.

Dobrou a carta e entregou a sua mãe, pedindo-lhe que a colocasse no correio. A mãe, comovida com a ingenuidade da filha, guardou a carta com carinho, prometendo a si mesma que faria o possível para realizar o sonho de Maria.

Recorreu então à madrinha da menina, que costumava viajar ao Paraguai com a finalidade de fazer compras, para abastecer sua lojinha de brinquedos. A madrinha emocionou-se com o relato. E querendo alimentar a inocência da afilhada, prontificou-se a ser cúmplice nessa aventura.

- Não se preocupe, comadre. Eu darei um jeito. Nossa menina terá o presente desejado.

Enfim, o grande dia! Véspera de Natal... Maria ajeitou seu sapatinho embaixo da cama. Participou da ceia. Deu uma olhadinha no presépio. Admirou a árvore de Natal. E, em seguida, voltou para o quarto. Queria dormir cedo e acordar mais cedo ainda. Queria saber que surpresa Papai Noel teria preparado para ela. A ansiedade era grande, não maior do que alegria do dia seguinte.
Tava lá, ao lado do seu sapatinho, uma caixa pequena embrulhada num papel colorido e com muitas fitas. Desesperado, ela tenta abrir a caixa de qualquer de qualquer jeito. E, em segundos, consegue retirar, dentro da caixinha, uma linda bailarina.

A boneca era fosforescente, as listas coloridas da roupinha brilhavam tanto que chegavam a doer nos olhinhos da pequena. Correu para mostrar a mãe.

- Olha, mãe, olha! Papai Noel atendeu ao meu pedido. Pena que o brinquedinho não gira... Mas é tão lindo! Tão colorido!

A mãe, vendo que era uma caixinha de música, pediu para ver. Pegou o brinquedo e deu corda. A graciosa bailarina começou a dançar e rodopiar em cima do piano, para a imensa alegria de Maria, sob olhar emocionado de sua mãe.

Ainda vale a pena apostar na inocência de uma criança.

9 comentários:

Anônimo disse...

Carta ao Papai Noel é um conto que nos premia neste Natal a verve literária de Dalinha. Cheio de sentimentos e narrado com a criatividade que lhe é peculiar, a escritora incute a beleza da inocência junto a figura para nós adultos como símbolo respeitada de Papai Noel.

Bérgson Frota

Anônimo disse...

Um conto lindo de natal Dalinha, o natal é sempre uma época mágica que nunca sai dos nossos corações.Linda mesmo, parabéns.

Anônimo disse...

Belo conto de natal, também ganhei uma bailarina de presente quando era criança.

Jean Kleber disse...

O Natal enternece também, porque recordamos os presentes ganhos na infância e que tanta felicidade nos proporcionaram. O Natal é mágico. Todos os pensamentos convergem para ele e isso é uma grande força. Poetas e contistas como Dalinha nos levam a sonhar. Têm magia na palavra escrita. Obrigado, Dalinha, por tudo. Felicíssimo Natal.

Anônimo disse...

Um conto digno de nota 10. Neste período a gente fica tomado de uma alegria que lembra os bons tempos de quando a gente acreditava piamente no velhinho Noel, bom Natal Dlinha, parabéns.

Anônimo disse...

O Natal precisa ser lembrado sempre e comemorado com espírito de fé e esperança. Este trabalho reflete pureza e acima de tudo inocência e esperança. Bravo Dalinha.

Anônimo disse...

Sim Dalinha, ainda vale a pena se apostar na inocência de uma criança. A criança nos faz ver a pureza e espiritualidade do Natal. Que seríamos de nós adultos sem esses seres tão maravilhosos, prontos a acreditar na realização de um desejo só pelo fato de pedí-lo por carta a um bom velhinho.Amei seu trabalho, muito sensível e criativo.

Anônimo disse...

Todo trabalho que se refere ao Natal só nos trás boa lembrança, brinquedos sonhos de criança e uma linda árvore na sala. Mas a gente não deve esquecer das crianças pobres que merecem ser ajudadas com presentes nesta época e durante o ano todo com uma atenção maior do governo.

Dalinha Catunda disse...

Amigos, que bom tê-los em meu espaço unidos pelo espírito natalino.O Natal, como sabemos, comemora-se o nascimento de Cristo. Junto a vocês estou comemorando o nascimento de novas amizades e fortalecendo as antigas.
Um feliz Natal para:Ana Alice, Ana Paula, Bérgson Frota, Carlos Lemos,Jean Kleber,Lurdinha,Sandra Helena e Thatiana.E, obrigada a todos pelos comentários.
Dalinha Catunda