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segunda-feira, 26 de setembro de 2011

LEGADO DE FAMÍLIA

 Meu pai de camisa azul. Tem 95 anos. Cercado por filhos, genros e amigos. Meu irmão Tony Aragão, tocando violão e cantando especialmente para nosso pai, Espedito Catunda, velhas canções.

LEGADO DE FAMÍLIA
*
Eu não condeno o meu pai
Se ele um dia me espancou.
Ele estava só fazendo
O que seu pai lhe ensinou
Se eu apanhei tanto dele,
No milho ele ajoelhou.
*
Recriminamos excessos,
Mas tínhamos limitação,
No fundo um pai só tentava
Modelar um cidadão.
Hoje a falta de limite
A todos tudo permite
Pois falta orientação.
*
Eu criei dois filhos machos
Empregando minha lei.
Os dois já estão formados
Do meu jeito os limitei.
Foi seguindo a tradição
Que cumpri minha missão
Com valores que herdei.
*
Este poema foi publicado no jornal O Povo de Fortaleza Sábado dia 24/09/2011.
 Texto e foto de Dalinha Catunda
Visite: www.cordeldesaia.blogspot.com
rosarioecordel.blogspot.com


3 comentários:

CARLOS VAZCONCELOS disse...

Dalinha, há quanto tempo!
Que beleza esse interiorano encontro com viola e convescote. Maravilha ter um pai com essa idade.
Abraço!

Dalinha Catunda disse...

Olá Carlos,
Ando devendo visitas aos blogues dos amigos.Tem me dividido entre o Ceará e o Rio de Janeiro e o tempo anda curto. Ter que produzir, atualizar blogues, tenho me dedicado a decorar poesias estou começando a fazer recitais e por aí vai, amigo.
É um prazer grande tê-lo por aqui
Um abraço

João Ananias disse...

Que beleza Dalinha!
É muito bom ver uma familia reunida, ainda mais relembrando os velhos tempos ao som de uma viola. Muito Belo.
Beijo no coração.