Dalinha Catunda e Madrinha Mena na Estação Cordel em Palmas-TO |
Madrinha Mena expondo cordéis em Palmas-TO |
UMA MULHER ENTUSIASTA
DO CORDEL
Certo dia passando pelo centro da cidade deparei-me com uma
banca de cordel. Não pensei duas vezes, parei. Na banca, uma senhora simpática
atendeu-me, se esmerava para responder minhas perguntas e mostrava-me os
folhetos solicitados.
Conversa vai, conversa vem, descobri que éramos
conterrâneas, eu de Ipueiras e ela de Ipu, cidades vizinhas, no estado do
Ceará. As coincidências não pararam por ai, como eu, ela também era da família
Aragão. Daí pra frente à conversa ficou em casa.
Descobri que além de vender cordéis ela estava totalmente
envolvida com a cultura popular. Foi aí que falei que era poeta e escrevia
cordéis, diante da minha confissão convidou-me para assistir uma reunião de
poetas na Confederação das Academias.
Guardei o endereço e ficou combinado que na próxima reunião
eu compareceria. E assim foi feito. Lá, fui apresentada como poeta de Ipueiras
e passei a frequentar as plenárias e foi assim que coloquei o pé na ABLC.
Minha conterrânea era nada mais nada menos que, Maria do
Livramento Lima da Silva, esposa de Gonçalo Ferreira da Silva, presidente da
ABLC. Intitulada, Madrinha Mena, a madrinha dos poetas. Foi pelas suas mãos que
cheguei a ABLC e consequentemente a uma cadeira na Academia Brasileira de
Literatura de Cordel.
O que mais me encanta em Madrinha Mena, além de sua
simplicidade, é o grande amor que ela nutre pelo cordel, e sua eterna dedicação
à cultura popular.
*
Texto e fotos de Dalinha Catunda
Nenhum comentário:
Postar um comentário