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quinta-feira, 7 de junho de 2012

JANELAS QUE SE ABREM PARA O VERSO POPULAR


UM TIQUIM DE SAUDADE
*
Essa saudade que sinto
Parece espinho de palma
De manhã me fura o peito
De tarde me tira a calma
De noite é pelo encravado
Coçando dentro da alma
Hélio Crisanto
 SAUDADE DE POETA
*
Esta saudade que sentes,
É coisa só de poeta
Que o espinho espeta
E vai deixando sementes,
Vai encantando ambientes
Com este teu versejar
D’um jeito bem singular
Que toca meu coração,
Só sendo lá do sertão
Quem assim sabe cantar!
Dalinha Catunda
*
Foto de Hélio Crisanto retirada do blog Besta Fubana
Versos de Hélio Crisanto e Dalinha Catunda

Um comentário:

Fred Monteiro da Cruz disse...

A saudade é flor tristonha
Sem perfume, nem beleza
E possui uma natureza
que parece coisa estranha
Uma dor extemporânea
Que em segundos sumiu
E o tempo consumiu
Na mesma celeridade
Você não mede a saudade
Que deixou quando partiu.


A saudade é uma bola
Correndo dentro do peito
Deixando a gente sem jeito
Com cara de graviola
Cutuca essa radiola
Bota um disco de vinil
Daquele que a gente ouviu
Num recanto da cidade
Você não mede a saudade
Que deixou quando partiu