PELEJANDO COM DALINHA
*
Digo com todo respeito
de poeta pra poeta
pelejando com Dalinha
vou cumprindo minha meta
Ela tem rima na veia
na verdade não falseia
faz da vida grande reta
de poeta pra poeta
pelejando com Dalinha
vou cumprindo minha meta
Ela tem rima na veia
na verdade não falseia
faz da vida grande reta
Fred Monteiro
Eu topo qualquer parada
Junto com Fred Monteiro,
Com ele sou afinada
E canto em qualquer terreiro.
Quando nele baixa o santo
E vai brotando seu canto
Eu encaro o mandingueiro.
Dalinha Catunda
Quando eu
canto com Dalinha
é rima pra todo lado
a viola fica rindo
nas primas dando trinado
nas dobradas dos bordões
uns dois ou três violões
preenchem com seu rendado.
é rima pra todo lado
a viola fica rindo
nas primas dando trinado
nas dobradas dos bordões
uns dois ou três violões
preenchem com seu rendado.
Fred Monteiro
Eu quando
canto com Fred,
Festeja
meu coração,
As rimas já
vão saltando
Sai bem
fácil a oração
Com ele
canto dobrado
Feito pássaro
afinado,
Patativa
do sertão.
Dalinha Catunda
Dalinha Catunda
Fico
imaginando um dia
se eu consigo encontrar
um terreiro de fazenda
pra meus versos declamar
viola apertando o peito
e eu cantador sem jeito
quase a ponto de chorar.
se eu consigo encontrar
um terreiro de fazenda
pra meus versos declamar
viola apertando o peito
e eu cantador sem jeito
quase a ponto de chorar.
Fred Monteiro
Quando
este dia chegar
Vai ser
grande a alegria
Você
cantando Ciranda
Mostrando
sua poesia
Eu lá dançando
e sorrindo
E meu
amigo aplaudindo,
Gostando
da cantoria.
Dalinha Catunda
Com Dalinha na peleja
não tem erro nem mistério
eu canto até em igreja
na cadeia ou cemitério
não enjeito nenhum verso
danço até "repórteresso"
canto rindo e canto sério
não tem erro nem mistério
eu canto até em igreja
na cadeia ou cemitério
não enjeito nenhum verso
danço até "repórteresso"
canto rindo e canto sério
Fred Monteiro
Tendo
Fred como par
Eu canto
até em empório!
Eu canto
em casa e na rua,
Em bodega
e escritório
Canto na
terra e no mar
Eu canto sem
me cansar,
Isto é
publico e notório.
Dalinha Catunda
Quando
eu esquento o quengo
a rima vem de mansinho
ela chega sem tropeço
vai vindo devagarinho
se a memória ficar turva
eu tento fazer a curva
e voltar pro meu caminho.
a rima vem de mansinho
ela chega sem tropeço
vai vindo devagarinho
se a memória ficar turva
eu tento fazer a curva
e voltar pro meu caminho.
Fred monteiro
Quando chega
a inspiração
Da fonte vai pra moleira,
Começo a digitação
E pego a rima primeira.
É rima entrando e saindo
Componho me divertindo
Foi assim a vida inteira.
Dalinha Catunda
Vale a pena pelejar
com poeta inteligente
que no verso popular
canta feliz ou dolente
deixando a gente seguro
de não cair num monturo
de versinho inconsequente.
com poeta inteligente
que no verso popular
canta feliz ou dolente
deixando a gente seguro
de não cair num monturo
de versinho inconsequente.
Fred Monteiro
Quando tiro pra cantar,
Canto de noite e de dia.
Eu canto de manhazinha
E na hora da Ave-Maria.
Cantando faço oração
Nela peço inspiração
A Deus pai que é o meu guia.
Dalinha Catunda
Ô minha amiga Dalinha
pode ficar à vontade
querendo cantar comigo
ou no campo ou na cidade
com mote fácil e difícil
faço qualquer sacrifício
não perco oportunidade
pode ficar à vontade
querendo cantar comigo
ou no campo ou na cidade
com mote fácil e difícil
faço qualquer sacrifício
não perco oportunidade
Fred Monteiro
Com você fico a vontade
Fico mesmo numa boa.
Este barco não naufraga
Não afunda
esta canoa.
Eu encaro qualquer mote
De navio ou num bote
Dou meu jeito e faço loa.
Dalinha Catunda
Dalinha Catunda é
Poeta de musa cheia.
Fred Monteiro é bardo
Trago aqui uma colcheia
Versejando em sextilha
Pra coisa não ficar feia
Rosário PintoPoeta de musa cheia.
Fred Monteiro é bardo
Trago aqui uma colcheia
Versejando em sextilha
Pra coisa não ficar feia
Na roda eu canto de tudo
mas quero rimar na trilha
pra não ficar pé-quebrado
numa quadra ou na sextilha
mas estrofe pra valer
e um cordel bom conceber
é escrito na setilha
mas quero rimar na trilha
pra não ficar pé-quebrado
numa quadra ou na sextilha
mas estrofe pra valer
e um cordel bom conceber
é escrito na setilha
15-Fred Monteiro
Eu quando entro numa roda,
Já garanto o movimento
Pois faz parte dos meus versos
As doses de atrevimento
Sou mulher que não se acanha
Bem dotada de artimanha,
Para seu conhecimento.
16-Dalinha Catunda
Ilustração de Dalinha Catunda
15 comentários:
Com Dalinha na peleja
não tem erro nem mistério
eu canto até em igreja
na cadeia ou cemitério
não enjeito nenhum verso
danço até "repórteresso"
canto rindo e canto sério
Ô minha amiga Dalinha
pode ficar à vontade
querendo cantar comigo
ou no campo ou na cidade
com mote fácil e difícil
faço qualquer sacrifício
não perco oportunidade
Quando eu esquento o quengo
a rima vem de mansinho
ela chega sem tropeço
vai vindo devagarinho
se a memória ficar turva
eu tento fazer a curva
e voltar pro meu caminho
Vale a pena pelejar
com poeta inteligente
que no verso popular
canta feliz ou dolente
deixando a gente seguro
de não cair num monturo
de versinho inconsequente
A minha amiga Rosário
escreveu a partitura
traçou toda a melodia
em rima muito segura
e tal qual maestro usa
semibreve e semifusa
fez a sinfonia pura !
Rosário faç'isso não
não retire o comentário
fico tão linda a canção
que tirou do seu rimário
cantou tudo tão bonito
e eu quase não acredito
que perdemos tal sumário
saiu um "u" a menos, Dalinha..
acorrége aí: ficou tão linda a canção..
abração
Dalinha e Fred,
Retirei, porque estava em setilha e falava de colcheia, mas agora replico, tudo dentro do trilho:
Dalinha Catunda é
Poeta de musa cheia.
Fred Monteiro é bardo
Trago aqui uma colcheia
Versejando em sextilha
Pra coisa não ficar feia
*
Lampião foi encontrando A
Luiz Gonzaga no céu B
Fez um grande escéu B
Foi de pronto afirmando:A
Você fique aí cantando, A
Isto aqui não é pra mim C
É coisa muito ruim. C
Gosto mesmo é de inferno D
Não quero saber de inverno D
Fique, que tô me mandando
(Rosário Pinto)
S U R T E I ! ! !
Dalinha, de vez em quando dou um escorrego na digitação.. vou teclando no improviso e aí o bicho pega..
Na terceira estrofe, lá em riba, saiu mais um erro e peço que vc dê uma ajeitada..
o correto é (lá na sexta linha):
UNS DOIS OU TRÊS VIOLÕES
Oi Fred,
Passei a tarde agarrada na arrumação dos versos.
Veja só, na postagem eu posso corrigir. Nos comentários você poderá corrigir. É só copiar o comentário. Vá no icone que segue a data, você exclui e copia o mesmo comentário corrigindo-o.
Obrigada pela Iteração.
Meu abraço
Rô,
Você também poderar corrigir, caso queira.
Obrigada pela interação.
Bjim
na roda eu canto de tudo
mas quero rimar na trilha
pra não ficar pé-quebrado
numa quadra ou na sextilha
mas estrofe pra valer
e um cordel bom conceber
é escrito na setilha
Dalinha, só pra sair da toada:
Mas às vezes é bom mudar o canto
no baião da viola consagrada
martelando umas rimas sincopadas
que aos ouvidos parece um acalanto
E Camões nos mostrou sem dor nem pranto
Lusa terra tomando vastos mares
espalhou seu poema pelos ares
e nas décimas héroicas construiu
a maior epopéia que surgiu
qu' inda hoje é louvada em tantos lares
Gosto dos desafios, seja ele qual for: peleja repente desgarrada...é tudo muito, muito bom!
Grandes pelejadores!
Aplausos!
Com meu xêro...
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