QUANDO EU ESTICAR AS CANELAS
*
Amigos quando eu morrer
Não venham chorar por mim.
Me ponham na cova rasa
Joguem por cima capim
Mas se quiser me agradar
Me agradem antes do fim.
*
No dia do meu enterro,
Na hora do funeral
Pode jogar-me numa rede
No meio enfiar um pau
No ombro de dois “caboco”
Façam o trajeto final.
*
Chorar no meu buraco
É apenas adulação
Meu corpo tá lá embaixo
Mas a alma em ascensão
Se lixando pros panacas
Que rodeiam meu caixão.
*
Por isso digo e repito
Não me faça ingratidão.
Enquanto vida eu tiver
Quero consideração
Depois de morta dispenso
O choro e a lamentação.
*
Amigos quando eu morrer
Não venham chorar por mim.
Me ponham na cova rasa
Joguem por cima capim
Mas se quiser me agradar
Me agradem antes do fim.
*
No dia do meu enterro,
Na hora do funeral
Pode jogar-me numa rede
No meio enfiar um pau
No ombro de dois “caboco”
Façam o trajeto final.
*
Chorar no meu buraco
É apenas adulação
Meu corpo tá lá embaixo
Mas a alma em ascensão
Se lixando pros panacas
Que rodeiam meu caixão.
*
Por isso digo e repito
Não me faça ingratidão.
Enquanto vida eu tiver
Quero consideração
Depois de morta dispenso
O choro e a lamentação.
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Texto e ilustração de Dalinha Catunda
Um comentário:
Muito bom. Gostei do verso e a página continua ótima. Abraços.
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