O Cantinho da Dalinha é também o canto do cordel. O picadeiro onde costumo entoar o meu canto em versos propagando a poesia popular. É o Canto de uma cearense que adora suas raízes, canto da mulher destemida que saiu das entranhas nordestinas e abriu uma janela para cantar sua aldeia para o mundo, Interagir com outros poetas cordelistas desfrutando deste mundo virtual. Sou Maria de Lourdes Aragão Catunda, a poeta de Ipueiras e do cordel, sou a Dalinha Catunda. dalinhaac@gmail.com
Seguidores
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
EU E ELA
EU E ELA
Quando ainda era criança,
Admirava da janela,
Sua presença fascinante,
Naturalmente tão bela.
Pegou-me uma vez de surpresa,
Tive então que me abrigar.
Na soleira tocava-me...
Um toque de arrepiar.
Meu corpo estremecia,
Divina era a sensação.
Intensa e instigante,
Umedecia-me então.
Trazia um cheiro bom
Que me deixava perdida.
Entreguei-me totalmente,
Por ela fui Seduzida.
Senti seu toque seu cheiro,
Divino era seu tilintar.
Do céu descia em gotas,
A chuva a me encantar.
Imagem:isis1.blogs.sapo.pt/arquivo/chuva.jpg Texto:Dalinha Catunda
Assinar:
Postar comentários (Atom)
10 comentários:
Primeira aqui olha...
Antes de tudo: A-D-O-R-E-I
Parece até brincadeira neh?!
Adoro todas os seus poemas e poesias, esse então... ficou lindo demais. Adoro esse seu jeito singelo de escrever. Acabas de ganhar uma fan! rsrs
Beijus queria. ;*
Muito lindo e quem não gostava de brincar nela? beijos,tudo de bom,chica
Que bonito, Dalinha! Viajei agora no tempo... Tinha bronquite ( naquele tempo eram poucos os recursos médicos) e minha mãe tinha extremo cuidado comigo e não me deixava andar descalça e ficar exposta a chuva ou friagem. Mas casa de avó reina liberdade e vontades rsrs. E quando lá estava e chovia...Ahhhhhh, corria para dançar, rir e pular de alegria na chuva! Com este poema, você revolve as mais puras e singelas lembranças nos religando com a natureza e, sobretudo lembrar que a felicidade é feita da observação destas singelezas, nos trazendo de volta a sensibilidade refinada, que em meio a selva de asfalto, muitas vezes nos esquecemos. Obrigada!!!
Lindo fim de semana, Dalinha.
Carinhoso beijo.
Olá Dalinha, bela poesia...Espectacular....
Beijos
Dalinha essa é a imagem pura da natureza, em busca da perfeição humana.
abraços.
Kleber Catunda
Fantástico Dalinha. Adorava banhar na chuva, é muito gostoso.
Grande abraço e um bom final de semana.
Sublime!
A chuva personifica neste poema a delicadeza da arte poética de Dalinha.É belo vê-la descrever com tanta sutileza e irmandandade este fenômeno.
Maravilha, Dalinha!!
Acho que você fez todo mundo voltar aos tempos de criança, quando corríamos na chuva e só ouvíamos nossas mães gritando: "Sai da chuva, menina/o!"...
É lindo saber admirar as maravilhas da natureza...
Eu, até hoje, gosto de brincar na chuva... rsrs
Tem um selo/homenagem para você, lá no meu blog! Com muito carinho, espero que goste!
Beijos!
^^
Lendo este seu poema, Dalinha, lembrei-me da chuva que desabava gelada sobre nós meninos, enquanto corríamos atrás da bola no meio da rua... Então, o chão de paralelepípedos, subitamente umedecido, soltava aquele bafo quente que ia subindo e trazendo ao nosso nariz o cheiro doce da chuva. Aquele cheiro único da minha infância!
q delícia!
bj
Cesar
Postar um comentário