
PERDI MEU
TREM!
*
Às vezes
bate saudades
Das coisas
do meu sertão.
Do tempo
que já passou
Ficando a
recordação.
O velho
trem que passava
E eu
sempre me encantava
Com sua
movimentação.
*
E seu
Gonçalo Ximenes,
Dos
Ximenes Aragão.
Chegava
uniformizado,
Era o
chefe da estação.
Agente
ferroviário,
Que
cuidava do horário,
Meu avô do
coração.
*
Inda hoje
está de pé,
A estação
de Ipueiras.
Porém já
não se encontra
As famosas
cafezeiras.
Já foram para
o além
Mas ainda
lembro bem,
Da Maria
Capoeira.
*
Era no
velho quiosque
Que hoje
está diferente,
Que da
chuva e do sol forte ,
Abrigava
muita gente.
Quando o
trem aparecia
Quem lá
estava corria.
Numa
alegria inocente.
*
Os trilhos
inda estão lá,
Recortando
o meu sertão,
Os dormentes
espalhados,
Nas linhas
da região.
Mas só
passa o trem cargueiro,
Pois o trem
de passageiro,
Hoje é só
recordação.
*
Minha
saudade é tamanha,
Que não
sei nem calcular.
E quando o
cargueiro apita,
Eu chego a
me transportar.
Lembrando
os tempos de então
Recordo
minha estação!
Sem ver o
meu trem passar...
*
Versos e
fotos de: Dalinha Catunda