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terça-feira, 27 de abril de 2010

PERDI MEU TREM!



PERDI MEU TREM!
*
Às vezes bate saudades
Das coisas do meu sertão.
Do tempo que já passou
Ficando a recordação.
O velho trem que passava
E eu sempre me encantava
Com sua movimentação.
*
E seu Gonçalo Ximenes,
Dos Ximenes Aragão.
Chegava uniformizado,
Era o chefe da estação.
Agente ferroviário,
Que cuidava do horário,
Meu avô do coração.
*
Inda hoje está de pé,
A estação de Ipueiras.
Porém já não se encontra
As famosas cafezeiras.
Já foram para o além
Mas ainda lembro bem,
Da Maria Capoeira.
*
Era no velho quiosque
Que hoje está diferente,
Que da chuva e do sol forte ,
Abrigava muita gente.
Quando o trem aparecia
Quem lá estava corria.
Numa alegria inocente.
*
Os trilhos inda estão lá,
Recortando o meu sertão,
Os dormentes espalhados,
Nas linhas da região.
Mas só passa o trem cargueiro,
Pois o trem de passageiro,
Hoje é só recordação.
*
Minha saudade é tamanha,
Que não sei nem calcular.
E quando o cargueiro apita,
Eu chego a me transportar.
Lembrando os tempos de então
Recordo minha estação!
Sem ver o meu trem passar...
*

Versos e fotos de: Dalinha Catunda

19 comentários:

chica disse...

Que coisa maravilhosa e essas estações nos dão saudades! Eu adorava ir até a estação com minha tia.Tinha um sabos especial...Gostava do cheiro de lá! beijos,chica

Ricardo Aragão disse...

Simplesmente FANTÁSTICO, madrinha!
Esse seu sentimento é a mais pura verdade!
Sabe quem mora (ou morou) no interior como o nosso, no qual desfrutamos dos saudosos comboios de passageiros (Sonho Azul, Vagão-Restaurante, etc).

Parabéns pelo excelente documento em verso da saudade que é comum a todos nós interioranos.

Ricardo Aragão
Ipu(CE)

SAM disse...

Dalinha,

através do seu belo poema você transportou uma realidade vivida, hoje transformada em lembrança fazendo parada no meu coração.


Carinhoso beijo, amiga!

Geraldo Brito (Dado) disse...

Belo texto, imagem significativa. Parabéns pelo blog!

Ana Maria disse...

Andei muito de trem, mas ruim era quando a gente perdia esse trem, daí era um trem mesmo.
Amiga, o Atelier dos Tapetes está em festa, 2 anos e 100.000 visitas. Você faz parte dessa festa, venha participar. Tem mimos e champanhe. Pode levá-los com vc.
Beijinhos!

Kleber Catunda disse...

O meu trem já passou. Só ficou uma saudade que de vez enquanto me transporta para o marasvilhoso mundo das ilusões adolecentes. Parabens Dalinha.

valterpoeta.com disse...

Minha querida amiga Dalinha,
visite librovirtual.org
e se gostar publique um livro virtual com seus escritos maravilhosos e divida com seus amigos. o meu está lá. beijão e bom dia!

Genny Xavier disse...

Querida Dalinha,
Como sempre, você brinca com as palavras, com a simplicidade e com o encanto das coisas que realmente nos tocam o coração...como o sertão, as coisas do interior, sua gente e sua beleza...
Eita vida boa, meus Deus!
Beijos,
Genny

João Poeta disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
João Poeta disse...

Oi, Dalinha, falar de trem é com nóis memo, uai!

Aqui na minha cidade
Na estação da ferrovia
Em frente há uma praça
Que é a nossa alegria
A Maria Fumaça, bem no centro
Despertando nostalgias

À noite, tudo é festa
E também há correria
Dos carros desfilando
E parando para as orgias.
----------------------------------
Dalinha, você me fez voltar a um passado que me troxe muitas recordaçõs...
Obrigado.
Um abraço.
João

São disse...

Seu poema me fazr também ter nostalgia de certas coisas que ficaram lá no tempo que já foi.

Bom final de semana.

valterpoeta.com disse...

Bom fim de semana minha querida, bjs

Existe algo misterioso
no silêncio de seu olhar
que talvez nunca revele
pois, a mente feminina
é um perigoso enigma
que em vão, os homens
pretendem desvendar.
Mas, para quê conhecer
esse hermético segredo?
Se nosso grande objetivo
sempre por nós perseguido
é encontrar a felicidade
realizar nossos desejos.
Então, não faz sentido
compreender essa paixão!
O que interessa é o milagre
que dá sentido nessa religião.
Ao matar a sede dos corpos
em seu ato misericordioso
vai aos poucos libertando
seus devotos sequiosos
de um enorme desprazer
e, mesmo sem entendê-las
estamos libertos e felizes
duma existência triste e vazia
sem o amor de uma mulher!

Valter Montani

Rafaelle Benevides disse...

Menina, fazer cordel deve ser difícil, mas pra ti vem naturalmente, não? Muito bonito. Adorei o cordel de saia, fui lá visitá-lo. Bom final de semana.

João Alberto disse...

Olá Dalinha,
Marivilhosa lembrança do que hoje ficou na saudade. Sempre gostei de apreciar a passagem do trem na Estação, ver aquela correria de passageiros e ouvir o belo apito avisando a chegada e a saída. Que bom se tudo retornasse, mas como é um transporte mais barato para o bolso do cidadão, nenhum governo tem interesse no seu retorno.
Grande abraço.

Lu disse...

Paxonei! Voltarei mais vezes!

BjO da Lu!

Jalul disse...

Olha, Dalinha, ás vezes me bate uma saudade enorme do meu rio de outrora, cheio de barcos chatas e baleeiras. ficava tudo tão iluminado e parecia uma cidade dentro da água. Esta é a saudade a mesma saudade que deves sentir do seu trem de Ipueiras.
Grande abraço, minha querida.

Jean Kleber disse...

Dalinha, quando vou a Ipueiras fico esperando o trem de carga passar, e o vejo da janela do quarto que sempre ocupo no hotel Caravelle. Mesmo sendo de carga, vale-me a pena ve-lo passar. Belo tema.Belos versos. Parabéns.Beijo.

Anônimo disse...

Olá Menina: Lindo poema foste tocar numa coisa que me é querida o Trem ou comboio, aonde eu trabalhei Durante 30 anos, ainda hoje adoro andar de Comboio, mas nunca perdi o Trem,
Viajei horas e mais horas em Trens de Mercadorias, mas só quero dizer que este e todos os teus poemas que tenho lido são lindos, teria que ser ja que és uma bela flor.
Um beijo
Santa Cruz

Anônimo disse...

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