PERDI MEU
TREM!
*
Às vezes
bate saudades
Das coisas
do meu sertão.
Do tempo
que já passou
Ficando a
recordação.
O velho
trem que passava
E eu
sempre me encantava
Com sua
movimentação.
*
E seu
Gonçalo Ximenes,
Dos
Ximenes Aragão.
Chegava
uniformizado,
Era o
chefe da estação.
Agente
ferroviário,
Que
cuidava do horário,
Meu avô do
coração.
*
Inda hoje
está de pé,
A estação
de Ipueiras.
Porém já
não se encontra
As famosas
cafezeiras.
Já foram para
o além
Mas ainda
lembro bem,
Da Maria
Capoeira.
*
Era no
velho quiosque
Que hoje
está diferente,
Que da
chuva e do sol forte ,
Abrigava
muita gente.
Quando o
trem aparecia
Quem lá
estava corria.
Numa
alegria inocente.
*
Os trilhos
inda estão lá,
Recortando
o meu sertão,
Os dormentes
espalhados,
Nas linhas
da região.
Mas só
passa o trem cargueiro,
Pois o trem
de passageiro,
Hoje é só
recordação.
*
Minha
saudade é tamanha,
Que não
sei nem calcular.
E quando o
cargueiro apita,
Eu chego a
me transportar.
Lembrando
os tempos de então
Recordo
minha estação!
Sem ver o
meu trem passar...
*
Versos e
fotos de: Dalinha Catunda
19 comentários:
Que coisa maravilhosa e essas estações nos dão saudades! Eu adorava ir até a estação com minha tia.Tinha um sabos especial...Gostava do cheiro de lá! beijos,chica
Simplesmente FANTÁSTICO, madrinha!
Esse seu sentimento é a mais pura verdade!
Sabe quem mora (ou morou) no interior como o nosso, no qual desfrutamos dos saudosos comboios de passageiros (Sonho Azul, Vagão-Restaurante, etc).
Parabéns pelo excelente documento em verso da saudade que é comum a todos nós interioranos.
Ricardo Aragão
Ipu(CE)
Dalinha,
através do seu belo poema você transportou uma realidade vivida, hoje transformada em lembrança fazendo parada no meu coração.
Carinhoso beijo, amiga!
Belo texto, imagem significativa. Parabéns pelo blog!
Andei muito de trem, mas ruim era quando a gente perdia esse trem, daí era um trem mesmo.
Amiga, o Atelier dos Tapetes está em festa, 2 anos e 100.000 visitas. Você faz parte dessa festa, venha participar. Tem mimos e champanhe. Pode levá-los com vc.
Beijinhos!
O meu trem já passou. Só ficou uma saudade que de vez enquanto me transporta para o marasvilhoso mundo das ilusões adolecentes. Parabens Dalinha.
Minha querida amiga Dalinha,
visite librovirtual.org
e se gostar publique um livro virtual com seus escritos maravilhosos e divida com seus amigos. o meu está lá. beijão e bom dia!
Querida Dalinha,
Como sempre, você brinca com as palavras, com a simplicidade e com o encanto das coisas que realmente nos tocam o coração...como o sertão, as coisas do interior, sua gente e sua beleza...
Eita vida boa, meus Deus!
Beijos,
Genny
Oi, Dalinha, falar de trem é com nóis memo, uai!
Aqui na minha cidade
Na estação da ferrovia
Em frente há uma praça
Que é a nossa alegria
A Maria Fumaça, bem no centro
Despertando nostalgias
À noite, tudo é festa
E também há correria
Dos carros desfilando
E parando para as orgias.
----------------------------------
Dalinha, você me fez voltar a um passado que me troxe muitas recordaçõs...
Obrigado.
Um abraço.
João
Seu poema me fazr também ter nostalgia de certas coisas que ficaram lá no tempo que já foi.
Bom final de semana.
Bom fim de semana minha querida, bjs
Existe algo misterioso
no silêncio de seu olhar
que talvez nunca revele
pois, a mente feminina
é um perigoso enigma
que em vão, os homens
pretendem desvendar.
Mas, para quê conhecer
esse hermético segredo?
Se nosso grande objetivo
sempre por nós perseguido
é encontrar a felicidade
realizar nossos desejos.
Então, não faz sentido
compreender essa paixão!
O que interessa é o milagre
que dá sentido nessa religião.
Ao matar a sede dos corpos
em seu ato misericordioso
vai aos poucos libertando
seus devotos sequiosos
de um enorme desprazer
e, mesmo sem entendê-las
estamos libertos e felizes
duma existência triste e vazia
sem o amor de uma mulher!
Valter Montani
Menina, fazer cordel deve ser difícil, mas pra ti vem naturalmente, não? Muito bonito. Adorei o cordel de saia, fui lá visitá-lo. Bom final de semana.
Olá Dalinha,
Marivilhosa lembrança do que hoje ficou na saudade. Sempre gostei de apreciar a passagem do trem na Estação, ver aquela correria de passageiros e ouvir o belo apito avisando a chegada e a saída. Que bom se tudo retornasse, mas como é um transporte mais barato para o bolso do cidadão, nenhum governo tem interesse no seu retorno.
Grande abraço.
Paxonei! Voltarei mais vezes!
BjO da Lu!
Olha, Dalinha, ás vezes me bate uma saudade enorme do meu rio de outrora, cheio de barcos chatas e baleeiras. ficava tudo tão iluminado e parecia uma cidade dentro da água. Esta é a saudade a mesma saudade que deves sentir do seu trem de Ipueiras.
Grande abraço, minha querida.
Dalinha, quando vou a Ipueiras fico esperando o trem de carga passar, e o vejo da janela do quarto que sempre ocupo no hotel Caravelle. Mesmo sendo de carga, vale-me a pena ve-lo passar. Belo tema.Belos versos. Parabéns.Beijo.
Olá Menina: Lindo poema foste tocar numa coisa que me é querida o Trem ou comboio, aonde eu trabalhei Durante 30 anos, ainda hoje adoro andar de Comboio, mas nunca perdi o Trem,
Viajei horas e mais horas em Trens de Mercadorias, mas só quero dizer que este e todos os teus poemas que tenho lido são lindos, teria que ser ja que és uma bela flor.
Um beijo
Santa Cruz
buy tramadol online buy tramadol without rx - illegal to get tramadol online
Postar um comentário