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domingo, 3 de fevereiro de 2013

TECENDO VERSOS

TECENDO VERSOS
*
Seguindo meu traço
Vou fazendo versos
Juntando diversos
Uma estrofe faço,
E sem embaraço
Com inspiração
Flui a criação
Que boto em papel,
Se brota um cordel
Renasce a paixão.
*
Na mente a história
Que quero contar
Começo a rimar
Me ajuda a memória,
Não procuro glória
Apenas prazer
Gosto de fazer
Minha poesia
Pois minha alegria
É ler e escrever.
*
Texto e foto de Dalinha Catunda

4 comentários:

chica disse...

Lindo,Dalinha e tu sempre teces maravilhosamente bem todos os teus.Adoro te ler! beijos,chica

Fred Monteiro da Cruz disse...

E que bela trajetória ! Parabéns, Dalinha e parabéns ao cordel nordestino e brasileiro.

Anônimo disse...

ESTROFE GUERREIRA
ME CONTAGIOU
MUSA RITMOU
CADÊNCIA FACEIRA
DÉCIMA BREJEIRA
DE INSPIRAÇÃO
COM SATISFAÇÃO
LOUVO A MARAVILHA
MENOR REDONDILHA
MAIOR EMOÇÃO.
BASTINHA JOB. CRATO-CE

Carlos Silva disse...

A Cara do meu sertão
Carlos Silva - poeta e cantador


Pedaço de chão batido,
restos de coisas jogadas, trapos no meio do nada
sede incessante de ser.
Vida amargada em lembrança,choro azedo de criança,
vivendo na beira da estrada,bebendo a secura em não ver.
E este azedume no rosto, é fonte que perde o gosto, no grito abafado medonho, é retidão de fracasso, é luta travada no braço,sepulcro de vida tombada, num quadro esquecido e tristonho.
Sou eu no farejo da lida, lambendo a minha ferida que já se findou cicatriz, é rogo de sina e de luta, trajada feito uma puta,bebida a dizer sou feliz.
de onde me vem remissão, do prato jogado ao chão que um alferes ofertou,contando uma nova lorota, meu cuspe lavou sua bota,que o pó do sertão desenhou.
E assim sob um sonho nutrido,num corpo tão só desvalido, ralhado pedindo clemência, e chora as dores do parto, naqueles seios não fartos, secura da própria existência.
Rompendo a dor e o sorriso, sonhando com o paraíso a boca fechada não come, e já se lhe vem desventura, lambendo a própria amargura, de quem chama a sorte de fome.
São lentos algozes feridos, matando estes desnutridos, de sonhos de paz e de vida, arrancam temores em eito, dilacerando o peito, perdendo as forças da lida