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quinta-feira, 5 de junho de 2008

AÇUDE DO PAI MANÉ


Poema publicado originalmente no "O Povo" jornal de Fortaleza.
Foto do acervo de Dalinha Catunda.
Na foto apareço entre meus gansos, as margens do açude, no sitio de minha propriedade no lugarejo chamado Pai Mané.

AÇUDE DO PAI MANÉ

Pai Mané tua lembrança
Hoje me faz sofrer.
Na beira do teu açude
Nem via o tempo correr.

Quantas vezes o meu rosto,
Em tuas águas eu via,
E me sentia a Mãe-d’água,
Que de tuas águas surgia.

Marrecos e viuvinhas,
Passavam por mim a voar.
As lavadeiras de roupas,
Nas pedras a cantarolar.

Me dá um nó na garganta,
As lágrimas começam a brotar.
Quando escuto alguém falar,
Que o Pai Mané vai sangrar.

Sangrando está o meu peito
Num vale de lágrimas e dor.
Chorando e sentindo saudades,
Do tempo bom que passou.

10 comentários:

Anônimo disse...

Oi, Dalinha!
Não é a primeira vez que venho aqui, mas ainda não havia deixado mensagem (tinha gostado do seu post do "picadura da dengue" ou coisa assim).
Vejo que você anda bem inspirada nas composições (e aquele concurso de contos da Globo Rural que não sai...).
Um abraço!

Dalinha Catunda disse...

Luis,
Estou orgulhosa por receber em meu espaço um dos editores da revista Globo Rural. Saber que você passa por aqui mesmo sem deixar comentários já me deixa feliz.
Quanto ao concurso estou aguardando e certamente divulgarei no meu blog. Sou a primeira da fila.
Um abraço,
Dalinha

Anônimo disse...

Dalinha conheço este belo lago, digo lago pois quando vi estava cheio de gansos, achei meio bucólico chamá-lo assim. Você tem embelezado muito este recanto, acho que tem transferido um pouco de si para lá. Parabéns pela bela poesia em que a emoçãO brota feito as borbulhas silenciosas que certamente neste instante estão subindo do leito calmo e espelhado deste belo açude.

Bérgson Frota

Anônimo disse...

Dalinha conheço este belo lago, digo lago pois quando vi estava cheio de gansos, achei meio bucólico chamá-lo assim. Você tem embelezado muito este recanto, acho que tem transferido um pouco de si para lá. Parabéns pela bela poesia em que a emoçãO brota feito as borbulhas silenciosas que certamente neste instante estão subindo do leito calmo e espelhado deste belo açude.

Bérgson Frota

Jean Kleber disse...

Dalinha, também tive a honra de conhecer este lago de sua propriedade. A foto está ótima. Bérgson tem razão quando diz que V.tem transferido um pouco de si para lá. Parabéns pelos belos versos.

Anônimo disse...

Quem conhece este cantinho
da linha não que mais sair
faz do `canto´ o seu ninho
pra de camarote assistir
Dalinha bem mansinho
fazendo o povo refletir
o quanto ruim é o descaminho
da Terra sem um porvir

AS. Quase 06 de junho de 2008

Belisa disse...

Olá

Gostei da sua visita
Adorei suas palavras
Volte sempre que quiser
E sempre que lhe aprouver!

Virei também com mais tempo para ler seu blog e imaginar como você é!

Beijos estrelados

António Inglês disse...

Olá Dalinha

Só os afortunados se podem dar ao luxo de possuir um "açude" como esse da foto.
Já me imagino sentado na borda, de cana descansando na água e o dono do lago gritando: Sai daí, aqui não se pode pescar! Aqui a vida está proibida de parar. É para continuar e renascendo. Parabéns amiga.
Desejo-lhe um excelente fim de semana.
António

Dalinha Catunda disse...

Amigos,
Agradeço a todos pela visita.
Os que conhecem meu cantinho, no Ceará, serão sempre bem-vindos para um alpendre, um café, uma galinha caipira. Os que ainda não conhecem, passando por Ipueiras, é só perguntar onde é o sitio da Dalinha e serão muito bem recebidos também.

Oliver Pickwick disse...

A compreendo muito bem, querida amiga. Na nossa região, os açudes são como parentes próximos ou amigos queridos.
Um beijo!