O Cantinho da Dalinha é também o canto do cordel. O picadeiro onde costumo entoar o meu canto em versos propagando a poesia popular. É o Canto de uma cearense que adora suas raízes, canto da mulher destemida que saiu das entranhas nordestinas e abriu uma janela para cantar sua aldeia para o mundo, Interagir com outros poetas cordelistas desfrutando deste mundo virtual. Sou Maria de Lourdes Aragão Catunda, a poeta de Ipueiras e do cordel, sou a Dalinha Catunda. dalinhaac@gmail.com
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terça-feira, 8 de setembro de 2009
À DERIVA
Feito jangada solitária,
Navego na imensidão.
Sem vontade de aportar,
Vou tocando a embarcação.
Sigo o rumo dos ventos
Ele que mude a direção!
À deriva me encontro,
Mas não caída ao chão.
Não fujo da tempestade.
Refaço-me na calmaria.
A vida é uma alternância
Entre as dores e as alegrias.
Navego às vezes sem rumo,
Sem pensar bem no futuro.
Mas quando quero atracar
Escolho um porto seguro.
Texto:Dalinha Catunda
Foto:pr0jectx.files.wordpress.com/.../6406barco.jpg
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9 comentários:
Ah nossa! Quanta beleza nas palavras... adoro poemas e poesias deste tipo, que falem de solidão e que tem como elemento o mar. Como não poderia ser diferente, adorei este poema também! Parabéns.
Simplesmente lindo! parabéns Dalinha, bjs
te envio esta que tem tudo a ver com sua poesia, bjs
Caravelas
Na ânsia de encontrar
alguém para se amar,
almas sofridas e solitárias
lançam o coração ao mar.
Na forma de caravelas
movidas ao sabor do vento
as vezes na calmaria,
outras, em meio ao tormento.
Navegam em busca do tesouro
que é um verdadeiro amor.
Mas nem sempre conseguem
e atracam no cais da ilusão e dor.
Marujos! como dizia Camões:
"Navegar é preciso"
Porém, se não aportam
na terra de amor prometida:
Levantem âncora e partam
continuem pelos mares a procurar,
pois o importante nessa busca:
é manter o coração a navegar!
Valter Montani
Mas que lindo, Dalinha!!! E me identifiquei com o conteúdo destes versos. Aplausos, Dalinha!
Carinhoso beijo
É bem importante de vez em quando partir à deriva. Novos horizontes se abrem e trazemos sempre algo diferente na bagagem.
Um beijinho,
Maria Emília
Que bálsamo este poema, numa tarde de quinta, tão atribulada!
bj
Muitas vezes uma poesia age como uma parábola a expressar o que sentimos. Parabéns.
A hora de atracar, escolhe-se o porto seguro! boa opção de marinheira!
Que os ventos corram de feição e que o mar nunca acabe!...
Pelo que te conheço, este poema tem a tua carinha: forte e decidida; se cair levanta e toca a vida!
bjs
tais luso
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