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terça-feira, 8 de setembro de 2009



À DERIVA

Feito jangada solitária,
Navego na imensidão.
Sem vontade de aportar,
Vou tocando a embarcação.

Sigo o rumo dos ventos
Ele que mude a direção!
À deriva me encontro,
Mas não caída ao chão.

Não fujo da tempestade.
Refaço-me na calmaria.
A vida é uma alternância
Entre as dores e as alegrias.

Navego às vezes sem rumo,
Sem pensar bem no futuro.
Mas quando quero atracar
Escolho um porto seguro.

Texto:Dalinha Catunda
Foto:pr0jectx.files.wordpress.com/.../6406barco.jpg

9 comentários:

Ana Paula Marinho disse...

Ah nossa! Quanta beleza nas palavras... adoro poemas e poesias deste tipo, que falem de solidão e que tem como elemento o mar. Como não poderia ser diferente, adorei este poema também! Parabéns.

valterpoeta.com disse...

Simplesmente lindo! parabéns Dalinha, bjs

valterpoeta.com disse...

te envio esta que tem tudo a ver com sua poesia, bjs
Caravelas

Na ânsia de encontrar
alguém para se amar,
almas sofridas e solitárias
lançam o coração ao mar.

Na forma de caravelas
movidas ao sabor do vento
as vezes na calmaria,
outras, em meio ao tormento.

Navegam em busca do tesouro
que é um verdadeiro amor.
Mas nem sempre conseguem
e atracam no cais da ilusão e dor.

Marujos! como dizia Camões:
"Navegar é preciso"
Porém, se não aportam
na terra de amor prometida:

Levantem âncora e partam
continuem pelos mares a procurar,
pois o importante nessa busca:
é manter o coração a navegar!

Valter Montani

SAM disse...

Mas que lindo, Dalinha!!! E me identifiquei com o conteúdo destes versos. Aplausos, Dalinha!


Carinhoso beijo

Maria Emília disse...

É bem importante de vez em quando partir à deriva. Novos horizontes se abrem e trazemos sempre algo diferente na bagagem.
Um beijinho,
Maria Emília

CESAR CRUZ disse...

Que bálsamo este poema, numa tarde de quinta, tão atribulada!

bj

Bérgson Frota disse...

Muitas vezes uma poesia age como uma parábola a expressar o que sentimos. Parabéns.

José Leite disse...

A hora de atracar, escolhe-se o porto seguro! boa opção de marinheira!

Que os ventos corram de feição e que o mar nunca acabe!...

Tais Luso de Carvalho disse...

Pelo que te conheço, este poema tem a tua carinha: forte e decidida; se cair levanta e toca a vida!

bjs
tais luso