O Cantinho da Dalinha é também o canto do cordel. O picadeiro onde costumo entoar o meu canto em versos propagando a poesia popular. É o Canto de uma cearense que adora suas raízes, canto da mulher destemida que saiu das entranhas nordestinas e abriu uma janela para cantar sua aldeia para o mundo, Interagir com outros poetas cordelistas desfrutando deste mundo virtual. Sou Maria de Lourdes Aragão Catunda, a poeta de Ipueiras e do cordel, sou a Dalinha Catunda. dalinhaac@gmail.com
Seguidores
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
FILHA DO NORDESTE
FILHA DO NORDESTE
Sou Dalinha, sou da lida.
Sou cria do meu Sertão.
Devota de São Francisco
E de Padre Cícero Romão.
Sou rês da Macambira,
Difícil de ir ao chão.
Sou o brotar das caatingas,
Quando cai chuva no chão.
Sou cacimba de água doce,
Jorrando em pleno verão.
Sou o sol quente do agreste.
Sou o luar do sertão.
Minha árvore é mandacaru.
Meu peixe, curimatã.
Macaxeira e tapioca,
É meu café da manhã.
Sou uma bichinha da peste,
Meu ídolo é Lampião.
Sou filha das Ipueiras.
Sou de forró e baião.
Sou rapadura docinha,
Mas mole eu não sou não.
Sou abelha que faz mel,
Sem esquecer o ferrão.
Texto e foto de Dalinha Catunda
Assinar:
Postar comentários (Atom)
14 comentários:
Olá amiga Dalinha
Lindo este Filha do Nordeste!
Adorei seu poema.
Beijinhos
Alvaro
Muito bonito!!
Bela autobiografia!
Um beijinho.
Ilustre poetisa Dalinha
Você não escreve, advinha,
Tem uma inspiração bem ligeira
Mostrando que no nordeste
Não sei por que não se investe
Nestes artistas de primeira.
Esta filha do nordeste
Nativa da caatinga e agreste,
Ilustre representante da cultura
Da linda cidade de Ipueiras
Escreveu esta poesia lisonjeira
Com grande desenvoltura.
Parabens poetisa, Feliz Natal.
Essa foi porreta! gostei. Da foto e do poema.
bj
Cesar
Eu fico contetente
De conhecer a história
Desses nordestinos
Que contam as suas glórias
Saem do sertão
Vão pros grandes centros
Trabalhando duro
Para os seus sustentos
Alguns sobrevivem
Outros, acho que não
Perdem o encanto
E voltam pro sertão
O Brasil é grande
Uma grande Nação
Que foi construída
Pelas nossas mãos
Do sul ao nordeste
Ou qualquer região
Somos brasileiros
Que formam a Nação.
Tenho dito!
Parabéns pela poesia, em breve uma surpresa para você, espero que goste.
Está lindo...
Dalinha,
um belo poema que representa a força e a beleza da mulher nordestina. Lindo e muito bem ilustrado com a sua beleza na foto, amiga!
Beijos!
Beleza Dalinha,
Uma autobiografia típica de quem ama suas origens.
Grande abraço.
Maria de Lourdes. Nice poema sobre a imaginação dos retratos de Jose Ramon Thanks for the comments
Saudações
É isso amiga poetiza, somos a soma do amargo com o doce, pois se o cravo rosa fosse, não haveria a espera e tudo seria primavera...
O nordestino é uma mistura de sertão e mar, luar e escuridão.
É de onde vem toda nossa força.
Belo poema, parabéns! abraço, Alque.
Cara Dalinha Catunda. Belos versos estes seus!
A Dalinha disse tudo
O que devia ter dito,
Da bela apresentação
Narrado como bem-dito
Por ser ela grande vate,
Em sua fala acredito.
Já eu o Pedro Monteiro,
Estou ao seu dispor.
Sou militante da paz
Com muita crença e fervor,
E também da amizade
Que alimenta o amor.
Dalinha!
Quero parabenizá-la por seu trabalho poético, e dizer também, que estas fotos, a sua, e a paisagem, são de encher os olhos!
Vim lhe trazer um balaio
De paz e prosperidade,
Amor, saúde e alegria
E amigos de verdade,
Preparação do caminho
Pra sua felicidade.
Estudo na Eeep Dário Catunda Fotonele, de Ipueiras-Ce e irei falar sobre a sua trajetória de vida no meio da cultura de cordel em forma de seminário já que;o trabalho e voltando para os artistas de nossa terra! Um abraço
Postar um comentário