O Cantinho da Dalinha é também o canto do cordel. O picadeiro onde costumo entoar o meu canto em versos propagando a poesia popular. É o Canto de uma cearense que adora suas raízes, canto da mulher destemida que saiu das entranhas nordestinas e abriu uma janela para cantar sua aldeia para o mundo, Interagir com outros poetas cordelistas desfrutando deste mundo virtual. Sou Maria de Lourdes Aragão Catunda, a poeta de Ipueiras e do cordel, sou a Dalinha Catunda. dalinhaac@gmail.com
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sexta-feira, 5 de setembro de 2008
OUTRA PÁTRIA
Imagem pinçada do: maresertao.blogspot.com
OUTRA PÁTRIA
Dalinha Catunda
Amar com fé e orgulho,
A terra em que nasci.
Aprendi ainda na infância,
Nos hinos e poemas que li.
Ó minha pátria sagrada,
Cadê teus encantos mil?
Poluído e acinzentado,
Hoje vejo teu céu de anil.
Teus rios, mares e florestas,
Carecem de preservação.
Na natureza não há festa
Predomina a devastação.
Se a boa terra jamais negou,
A quem trabalha seu pão.
Por que fazer do nosso pobre,
Um reles parasita da nação.
Sonegando-lhe trabalho,
E humilhando o cidadão.
Que recebe bolsas e vales
Enterrando o orgulho no chão.
Quem não vive do trabalho,
Do seu suor e da sua mão,
Não pode ter amor próprio,
Nem orgulho da sua nação.
Como imitar a grandeza,
Dessa terra em que nasci.
Se o exemplo lá de cima
Na verdade ainda não vi.
Por isso eu digo e repito,
Aos dirigentes da nação.
Primeiro dêem exemplo
Depois cobrem ao cidadão.
O que li de Bilac é passado,
Sentido não vejo agora.
Minha pátria hoje é outra.
Tenho saudades d’outrora.
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5 comentários:
Dalinha, você sempre consegue externer o sentimento de uma Cidade; de um Povo; de uma Nação...
Obrigado.
Kleber Catunda.
Dalinha, você sempre consegue externar o sentimento de uma Cidade; de um Povo; de uma Nação.
Obrigado.
Kleber Catunda.
Dalinha os resgates históricos não são feitos somente em crõnicas mas também em sóbrias e tocantes poesias. Parabéns.
Dalinha, quero parabenizar pela mensagem patriótica rimada. Como cidadã brasileira você cumpre sua missão utilizando seu talento de poetisa. Parabéns!
Dalinha
As mudanças (nossas, da natureza, políticas, afinal sempre nossas, do Homem) têm sempre reflexo, que não é o que queremos, no nosso quotidiano.
O seu poema di-lo perfeitamente, gostei
beijos
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